Testemunho de um ex-aluno, que tomou posse ha 30 dias na Assembleia Legislativa do Estado de Goias! Fabricio Lunardi

Minha história começa em 2013, quando eu retornava de São Paulo, lugar onde morei por dois anos. Estudei taquigrafia por lá e já vinha de SP picado pelo mosquitinho que nos faz despertar para essa profissão que muitos, assim como eu, tem a falta de sorte de tomar conhecimento apenas após a vida adulta.

Ainda em terras paulistanas, eu já mirava o concurso do TJ do RS. Apesar disso, como fui informado de que seria “impossível” chegar até a velocidade necessária, não me inscrevi para a prova, mal sabendo que existia um professor em Porto Alegre que, atualizando o método Leite Alves, conseguiria reduzir – e muito – o tempo de aprendizado da nossa amada técnica. Já em POA, recomecei os estudos com calma, mas foco e procurei o professor Eduardo Trevisan. Logo de início, ele já demonstrou de cara ser o grande apoiador que sempre foi a partir daquele momento.

Como acontece com a maioria das habilidades que se aprende, no início, enquanto se está nos primeiros traços e se entende a lógica da taquigrafia, é normal sentir mais dificuldade, porém passando esses primeiros momentos, é como um jogo no qual se busca cada vez mais velocidade, mas o prêmio da vitória pode ser uma mudança real na sua vida. Nisso tudo, o prof. Eduardo dá um ótimo auxílio. Além disso, com a facilidade do contato online, está sempre disposto a tirar dúvidas, dividindo oportunidades de novos concursos e incentivando o aluno.

A taquigrafia é algo que não deve ser pensada como uma resposta a curto prazo. De fato, existem exceções sobre o tempo de aprovação, porém eu não sou um desses casos, por exemplo, até porque isso tudo também depende do tempo dos certames e dos processos das próprias Casas. A primeira das provas de concurso que fiz, bati na trave. Chamaram até o quinto lugar na prova da cidade de Caxias, e eu era o sexto.

Então, continuei fazendo as provas que apareciam e que eu tinha possibilidade financeira de ir até o local, afinal a vivência de uma prova prática é muito válida. Estava sempre fazendo aulas, algumas em grupo, mas noutros momentos, individualmente. Posso dizer por experiência pessoal que as aulas em grupo são uma ótima oportunidade, pois é possível aprender realmente com as dúvidas dos outros, além de reforçar convenções que ainda não estão bem fixadas. Fora que, como é um caminho árduo, dividir isso com colegas que passam pelos mesmos obstáculos é, com certeza, muito positivo e inspirador. Após aprender o básico individualmente, as aulas particulares são benéficas para dúvidas mais específicas e também para aprimorar técnicas de estudos que podem ser decisivas antes de uma prova de concurso. Porém, claro, o jeito como cada um funciona é sempre individual. O que vai ser determinante, é o quanto você deseja e está disposto a aprender e dedicar seu tempo aos estudos, pois nada vai substituir o seu esforço pessoal.

Portanto, “Disciplina” e “persistência” são palavras essenciais para quem quer se tornar um taquígrafo. Isso é o que encurta o caminho e, para isso, é importantíssimo confiar no seu professor e no que quem tem mais experiência pode passar. Estudar diariamente a taquigrafia, mesmo que pouco tempo, é melhor do que muitas horas em apenas um dia. Esse tipo de regra básica não parece, mas faz toda a diferença. Além disso, a mesma disciplina terá de ser investida em um português excelente. Isso é importante tanto para a prova do concurso como para o dia a dia do taquígrafo mais tarde. Pensando nisso, aprimorar o conhecimento da nossa língua continuamente abreviará o tempo de aprovação do aluno e o tornará um profissional mais qualificado mais tarde. Afinal, o taquígrafo é o responsável por registrar a história, debates únicos e decisões que afetam diretamente a vida das pessoas, captando o momento para o futuro próximo e para as próximas gerações. Por isso, ser um bom profissional é também ser responsável com a sociedade.